Quando você estiver diante de um cirurgião plástico, não pense apenas em perguntas técnicas ou currículos impecáveis. Claro, saber se ele tem título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é essencial. Todo cirurgião plástico com esse título é também cirurgião geral, médico com, no mínimo, 11 a 13 anos de formação. Isso é o básico.
Mas você merece mais do que o básico.
A consulta é um momento de escolha mútua. E por isso, antes de perguntar ao médico, pergunte a si mesma:
- Esse profissional compartilha dos seus valores?
Você busca beleza a qualquer custo ou respeita seus limites?
Prefere naturalidade ou resultados impactantes?
Está disposta a seguir todo o processo com paciência ou quer um retorno imediato? O que você valoriza: segurança, técnica, empatia, sinceridade?
Esses valores precisam estar alinhados com os do médico. Senão, mesmo com um bom resultado, algo vai parecer errado. - A cirurgia que você deseja tem indicação real ou é ilusão criada por redes sociais?
É fácil se encantar com antes e depois no Instagram. Mas você entende que cada corpo tem um ponto de partida diferente?
Que não existe cirurgia com resultado garantido?
Que a única certeza é que você será transformada — e que o caminho até lá precisa ser construído com verdade, responsabilidade e realismo?
O seu médico te explica isso com clareza? - Você está decidindo com base apenas no preço?
Hoje existe mercado para tudo. Cirurgia barata, rápida e sem critério — infelizmente, também. Mas quanto vale uma transformação com segurança, acompanhamento e suporte real?
Qual é o valor que você dá à sua saúde, à sua autoestima, à sua tranquilidade no pós-operatório?
Preço é importante, sim, mas não pode ser o único fator.
Porque quem escolhe só pelo preço, muitas vezes acaba pagando duas vezes — ou mais caro com o tempo.
- E se você não fizer a cirurgia?
Como você vai se sentir?
Indiferente?
Então talvez ainda não seja o momento. Mas se algo te incomoda há muito tempo, se já tentou resolver de outras formas, se isso afeta sua autoestima, seu bem-estar ou até seu relacionamento consigo mesma — talvez esteja na hora de agir.
E o seu cirurgião precisa ser honesto o suficiente para te ajudar a tomar essa decisão com clareza, inclusive se a resposta for: não agora.
Por isso, a consulta médica é um momento profundo. Não é só sobre técnica. É sobre conexão. Sobre perceber se vocês dois — médico e paciente — caminham na mesma direção. Porque quando há sintonia, os riscos são discutidos de forma madura, as expectativas são ajustadas, e a transformação se torna mais segura, mais consciente e muito mais bonita.
