
A mastopexia com prótese é uma cirurgia plástica que associa o lifting das mamas à colocação de implantes de silicone. No pós-operatório, o corpo precisa se adaptar a duas transformações importantes: a retirada do excesso de pele e a presença de um novo volume. Nos primeiros dias, é normal sentir inchaço, sensação de peso no tórax e um leve desconforto nos movimentos dos braços. O uso do sutiã cirúrgico é indispensável, pois oferece suporte às mamas, ajuda a conter o edema e protege as cicatrizes. Atividades como dirigir, levantar os braços ou pegar peso devem ser evitadas nas primeiras semanas.
Um ponto que merece atenção especial é o tempo necessário para o corpo acomodar as próteses. Diferente do que muitas pessoas imaginam, o resultado final da mastopexia com implante não aparece nos primeiros dias. O novo contorno das mamas vai se formando aos poucos, e o posicionamento natural das próteses pode levar de 6 meses a 1 ano. Nesse período, é comum que as mamas pareçam mais altas, firmes ou até discretamente assimétricas — o que é absolutamente normal e esperado no processo de adaptação.
As cicatrizes da mastopexia com prótese costumam ter formato em “T invertido” ou em “L”, conforme a técnica escolhida. No início, elas ficam avermelhadas ou um pouco elevadas, mas com o tempo tendem a ficar mais claras e discretas. O uso de cremes cicatrizantes, placas de silicone e a proteção solar adequada são aliados fundamentais para garantir um bom resultado. A evolução da cicatrização será acompanhada de perto em cada consulta, e qualquer alteração será tratada de forma individualizada.
A alimentação equilibrada, rica em proteínas, vitaminas e líquidos, ajuda diretamente na recuperação dos tecidos. O repouso relativo deve ser respeitado, e a posição para dormir (barriga para cima e cabeceira elevada) contribui para o conforto e o controle do inchaço. Exercícios físicos só devem ser retomados com liberação médica, em etapas progressivas, respeitando sempre o ritmo do corpo. Pular etapas nesse momento pode prejudicar os resultados e comprometer a segurança.
Por fim, existe um aspecto do pós-operatório da mastopexia com prótese que raramente é discutido: a evolução interna dos tecidos ao redor do implante. Após a colocação da prótese, o organismo forma naturalmente uma cápsula de tecido fibroso ao redor dela – um processo esperado e fisiológico. Durante os primeiros meses, essa cápsula está em formação e os tecidos ainda estão se ajustando à nova tensão da pele reposicionada. Isso pode gerar uma sensação de “peso fixo” no colo ou até uma certa rigidez nas primeiras semanas. Além disso, o polo inferior da mama – ou seja, a parte de baixo – leva mais tempo para “descer” e ganhar aquele aspecto arredondado e natural. É por isso que algumas pacientes se assustam no início, achando que a mama está artificial ou “empinada demais”. Não está. O volume da prótese precisa de tempo para preencher suavemente o espaço redesenhado, e isso acontece de forma gradual. Entender essa dinâmica evita ansiedade e reforça o mais importante: o pós-operatório é um processo vivo, e respeitá-lo é a chave para resultados duradouros e elegantes.